segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

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                                           MEDITAÇÃO E COMPROMISSO.
     Catarina Labouré/rmãZoé.


     Anoiteceu mais uma vez e da natureza se desprendem as vidas maravilhosas que respiram do teu sopro divino,
    Peguei o meu simples barco e pus-me a buscar-te entre o canto das cachoeiras,na lua consagrada que a ti resplandece num gesto de reconhecimento,senti a tua presença na brisa suave que me passava acariciando-me a alma e o frágil corpo.Procurei a tua majestosa vida que me vem de astros tão distantes,mas que se fazem tão íntimos dentro das minhas recordações dos tempos de outrora...
Eu podia ouvir motivado pelo meu mutismo interior,a gota insistente que em sereno tênue insistia em cair nas folhas secas ou esverdeadas que habitam a flora orquestrada pela tua avena a conduzir o pastoril de tantas ovelhas perdidas n'outros campos tão contaminados...
    Meus olhos fitando o encanto e maestria do pulsar da tua vida incorrupta a evolar em tantas vidas corruptas na sublime e sagrada missão de reconduzir o que já é teu,dei-me ao choro compassivo de piedade e de paixão que meu suspirar e meu peito abriam-me chagas de luz,porque busquei a ti Oh meu senhor!
    O clarão ditoso que esbranquiçava a mãe do céu era tão intenso que eu mal podia contar minhas contas de lágrimas,mas contudo senhor,era-me mais intenso o fervor e brilho que faziam agora morada em minhas catadupa de reconhecimento da tua soberania e a luz veio pernoitar em meus olhos tristes que agora sorriam...
    Nada te ofertei senhor,pois me sentia envergonhado em avaliar,o que eu poderia dar ao meu senhor que é o criador de tudo?Senti-me o pobre dos mais pobres por entre todas as estrelas...
    Mas tu me aparecia sempre e somente me dei conta disso,quando percebi que eu é que te buscava para te encontrar ao meu lado,a sorrir,a cantar,a me envolver em teus meigos braços!
    Oh senhor não tenho como te definir,mas isto me basta,isto me reconforta e me alegra,porque te sinto tão vivo quanto eu mesmo e enquanto me dou em lamúrias de dor numa analogia de alegria,o teu existir também me conclama para a seara pelos universos incontáveis para labutar junto a ti relembrando-me em doce melodia que então faço ouvidos de ouvir: " - Vinde a mim! "
e sei que depois de cear contigo na mesma mesa não posso deixar que me seja em vão o teu meigo pedido " - Ide e pregai o Evangelho a todas as criaturas! "
     Por isso senhor enxugo meu pranto porque sei que não poderão me existir mais as negras noites lúgubres pois dás provas do que nos dissestes: "
 - Eu sou a luz do mundo! 

                11 de maio de 2016

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